Comissão promove seminário internacional sobre a reforma da Previdência

O mês junino começou cheio de novidades e pautas no Congresso Nacional. Para dar início a semana, a Comissão Especial que analisa a PEC 6/2019 (reforma da Previdência), realizou nesta terça-feira (4) Seminário Internacional – Experiências em Previdência Social. 

Solicitado pelos deputados Henrique Fontana (PT-RS) e Darcísio Perondi (MDB-RS), o encontro teve por objetivo debater experiências estrangeiras em Previdência.

A pesquisadora do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz, Sônia Fleury, classificou o texto enviado ao legislativo como “atrasado”. Para Fleury a proposta de reforma não prepara o país para a transformação, ela apenas aumenta pobreza e a desigualdade. “Não é a Previdência Social que está deteriorando a economia brasileira”, concluiu.

Para Heinz Rudolph, economista do Grupo Banco Mundial, a Previdência Social não será sustentável com crescente número de beneficiários e a diminuição dos contribuintes. Rudolph destacou que, o envelhecimento da população tem efeito automático no sistema previdenciário e, por isso a reforma da previdência se faz necessária para equilibrar as contas públicas e manter a sustentabilidade fiscal.

O economista ainda avaliou que a introdução de um pilar de capitalização pode ser positivo, tanto para as pessoas, por diversificar as fontes de renda previdenciária, e para o país, com a possibilidade de financiar o desenvolvimento da nação.

O professor do Departamento de Economia da Universidade de Brasília, José Oreiro, pontuou três mitos que o governo usa para ludibriar a população: – caso a reforma da previdência não seja aprovada, os servidores públicos vão ficar sem salário em 2020; – a dívida pública está numa trajetória explosiva; – os gastos previdenciários respondem por mais da metade do orçamento da União. “O país precisa crescer, mas não é com o desmonte da Previdência que isso vai acontecer”, finalizou apelando aos parlamentares que rejeitem essa proposta e façam um substituto adequado.

 

*Colaborou Denise Cavalcante

 

Previdência Social