O governo federal vai pagar o trabalho dos médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que vão participar do pente-fino realizado pelo instituto, para revisar os benefícios por incapacidade (auxílio-doença e aposentadoria por invalidez).

O pente-fino pode ter duração de mais de dois anos, vai atender 2 milhões de beneficiários e deve custar R$ 20 bi. As informações foram divulgadas pelo secretário de Controle Interno do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle, Francisco Bessa.

Segundo o secretário, mesmo com o custo extra, o governo avalia que sairá no lucro, dada a possibilidade de cancelamento de um grande número de segurados que não precisam mais do auxílio. Em uma auditoria recente, o Ministério da Transparência constatou indícios de irregularidades no pagamento de 45% das pessoas que recebem auxílios-doença.

A meta do governo é cortar entre 15% e 20% dos auxílios-doença pagos há mais de dois anos e identificar falhas nos benefícios de pessoas que já estariam aptas para retornar ao trabalho. A maioria dos segurados receberam benefícios conquistados na Justiça. A economia para os cofres pode chegar a R$ 126 mi por mês.