Pente-fino do INSS já cancelou 254 mil benefícios irregulares

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspendeu ou cancelou, em oito meses de força-tarefa, o pagamento de 254 mil benefícios com indícios de fraude ou outras irregularidades. As inconsistências mais comuns referem-se a pessoas mortas que continuavam recebendo os valores mensais e servidores estaduais e municipais que ganhavam o benefício assistencial voltado à baixa renda. Ao editar a Medida Provisória antifraude, em janeiro, a meta era uma economia de R$ 10 bi neste ano. 

No pente-fino, em um dos casos de irregularidades, foi identificado um servidor estadual do Rio de Janeiro que se aposentou em 1999 com um benefício de R$ 14 mil mensais. No mesmo ano, ele ingressou com um pedido de benefício assistencial no INSS, no valor de um salário mínimo (hoje em R$ 998). O chamado BPC é pago a idosos e pessoas com deficiência com renda familiar per capita de até um quarto do salário mínimo (o equivalente a R$ 249,50).

No Recife, o INSS descobriu que vários pensionistas do Estado recebiam o BPC de forma indevida. No caso mais antigo, a beneficiária acumulava a assistência voltada para a baixa renda desde 1998 – um prejuízo de R$ 193 mil.

O instituto também identificou que, em mais da metade dos casos (59%), os benefícios eram recebidos por pessoas próximas ao segurado já falecido. Exemplo disso, foi uma mulher, moradora do Rio de Janeiro, que acumulava desde 1999, dias pensões por morte de companheiros, o que gerou um prejuízo de R$ 46 mil.

 

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