Estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), apontam que os gastos do setor público brasileiro devem atingir o equivalente a 43% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, o que consequentemente exige uma alta carga tributária.

Na média dos emergentes, as despesas públicas ficarão em 31,4% do PIB em 2016 e, no caso dos países desenvolvidos, em 39,4% do PIB.

O diretor de pesquisa para a América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, considera que o setor público brasileiro tem muito gastos.

“Mesmo sem considerar as despesas com juros, o setor público brasileiro gasta muito, apesar da excessiva carga tributária, o país ainda tem um déficit primário de 3,1% do PIB nos 12 meses até setembro”, disse.

Para o diretor, os juros são mais altos no Brasil, porque o país tem gastado demais. “Isso puxou a dívida para um patamar muito alto e, como tal, a conta de juros é elevada”, afirmou Ramos.

Em 2015, o total de impostos somou 32,7% do PIB, enquanto a média dos emergentes foi de 27,7% do PIB, segundo o Fundo Monetário.