Dívida de aposentados chega a R$ 132,1 bi

Dados do Banco Central (BC), revelam que, o endividamento dos beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com empréstimos consignados, com parcelas que são descontadas diretamente do benefício, atingiu R$ 132,1 bi em abril, um aumento de 11,8% em 12 meses. No ano, a dívida cresceu 5,5%. A concessão de crédito quase comparado ao primeiro quadrimestre, saltando de R$ 14,8 bi em 2016 para R$ 28,4 bi este ano.

A instrução normativa nº 100 do INSS, que entrou em vigor no fim de março, determinou que os bancos só podem oferecer crédito consignado a aposentados e pensionistas depois de seis meses da concessão do benefício. Se quiser tomar um financiamento antes desse prazo, o beneficiário terá que ir ao banco pessoalmente, depois do início do recebimento da pensão ou aposentadoria, e autorizar a operação. Porém, a norma é insuficiente para impedir instituições bancárias de pressionar seus clientes para fazer empréstimos e evitar o vazamento de dados.

Para a presidente da comissão técnica do Instituto de Defesa Coletiva (IDC), Lilian Salgado, a medida deveria ser mais rígida. “Os bancos descumprem a norma. Mesmo após a resolução n° 100, continuamos a receber reclamações de idosos, que tiveram seus dados vazados, compartilhados pelos bancos”, afirma. Ela ressalta que a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, n° 13.709/2018, estabelece que o fornecedor precisa manter o sigilo dos dados de clientes.

 

 

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