De acordo com o levantamento feito pela Controladoria-Geral da União (CGU) em 57 das 104 Gerências Executivas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), quase metade dos benefícios por incapacidade pagos em maio de 2015, apresentaram algum indício de irregularidade.  As falhas foram identificadas em 45% dos 1,6 milhão de auxílios-doença repassados.

No início do ano, o INSS apresentou um plano que previa a revisão de 500 mil auxílios-doença e 700 mil aposentadorias por invalidez paga há mais de três anos, no intuito de cortar gastos.

Antes mesmo de iniciar a operação pente-fino desenhada pelo Governo Temer, em quatro meses, foram cancelados 53 mil benefícios. De acordo com o relatório, os documentos não apresentavam elementos suficientes para comprovar a incapacidade do cidadão, em trabalhar por mais de 15 dias seguidos, conforme a Lei.

O estudo também considerou números do Sistema de Controle de Óbitos e o Sistema de Informações sobre Mortalidade e identificou 54 benefícios que continuam sendo pagos mensalmente pelo INSS, mesmo após o registro do óbito do beneficiário nos sistemas, em dezembro de 2014.

O número de cortes está disponível no relatório do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle, para os que desejam acessar o dado.