COM 3 MIL SERVIDORES SE APOSENTANDO CRESCEM AS DIFILCUDADES DO INSS. MANIETADO PELO MINISTRO E QUE PAROU INSS, PROIBIU DIRIGENTES ATÉ DE ASSINAR PORTARIAS

O vice-presidente Executivo da Associação Nacional dos Servidores Públicos da Previdência e da Seguridade Social, Anasps, Paulo César Régis de Souza, disse hoje que  a saída de quase 3 mil servidores do INSS que tinham direito a aposentadoria e que recebiam abono de permanência em serviço começou a afetar duramente o resultado operacional do INSS, como ocorreu em janeiro, quando foram concedidos 367.893 benefícios,  com aumento de 0,06% em relação a dezembro de 2017 quando foram concedidos 367669 , sendo que o total de benefícios represados chegou a 772.964.

 

Em outubro de 2017, o sinal de alarme soou na rede de atendimento quando foram concedidos 347.253 benefícios.

 

É bom lembrar que 2017 foi o ano em que foi estabelecido o recorde na solicitação de benefícios, com 9,3 milhões, sendo que 3,9 milhões foram indeferidos e 4,9 milhões concedidos.

 

“A saída de quase 3 mil servidores, desde abril de 2017, sem que houvesse reposição da força de trabalho, vem gerando dificuldades no atendimento, afirmou Paulo César. Os benefícios represados até 45 dias chegaram a 401.378 e os com mais de 45 dias totalizam 371.217. Outro dado que mostra a situação de dificuldade, pela escassez de servidores – e de servidores com conhecimento técnico– é que as pendências dentro do INSS chegaram a 669.916, enquanto que as pendências entre os segurados atingiram 113.038”.

 

“No INSS qualquer erro ou falha na concessão de um beneficio, não importa se de prestação única como salário maternidade, ou de prestação continuada, como aposentadoria e pensão, pode se transformar numa irregularidade e em fraude. A Legislação é complexa, cheia de firulas e ressalvas que exige conhecimento apurado do servidor”.

 

Para a Anasps, com a omissão do ministro do Combate a Fome e do Seu Secretario Executivo, que deram um “golpe administrativo” e anularam todos os dirigentes do INSS, incluindo presidente, diretores e superintendentes, impedidos até de assinar portarias, assumindo eles a responsabilidade burocrática que a própria legislação tinha descentralizado, vem gerando amplo desconforto na instituição que trabalhando dificilmente, em quase todos os estados, com a escassez de servidores. Há muitas agências fechadas, ou operando com um servidor”.

 

Paulo César assinalou que vem se acentuando um grande descompasso entre a central de atendimento 135 e as agências, principalmente porque não há comando nas operações.  Há orientações desencontradas para os segurados para que utilizem a internet para resolver suas dificuldades, sendo que na maioria delas há necessidade de validação por servidores, o que tem levado segurados a se irritar nas agências, cada vez mais com menos servidores”. Com os dirigentes do INSS amarrados pelo ministro e pelo Secretário Executivo, as dificuldades se acentuam e prejudicam a imagem do INSS e irritam os segurados.

 

Brasília, 20.03.2018

Mais Informações: ligar para Byanca Guariz

61-3321-56 51 E-mail: imprensabyanca@anasps.org.br

 

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