O governo federal projetou um déficit atuarial de R$ 1,243 tri para o Regime de Previdência dos Servidores Públicos Federais (RPPS) para 2017. O rombo estimado faz parte do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2017 em discussão no Congresso Nacional.

O déficit apresentado é de R$ 35 bi, superior ao projetado pelo Executivo em 2016, quando chegava a R$ 1,208 tri.

A avaliação do RPPS ainda aponta que os aportes do governo para cobrir a arrecadação insuficiente para custear as despesas com aposentadorias, crescerá em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) pelo menos até 2018.

Segundo informações do Ministério do Trabalho e Previdência Social, que assina a avaliação atuarial do RPPS, o déficit em relação ao PIB passará para 1% em 2024, diminuirá para 0,86% em 2030, até chegar a 0,43% em 2060.

Mesmo com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros, os gastos com aposentadorias de servidores tendem a diminuir porque o governo criou, em 2012, o regime de previdência complementar para seus empregados.

Sendo assim, quem ingressou no serviço público federal a partir de 2012 e tem um salário superior ao teto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) terá que contribuir para a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp) para garantir a aposentadoria integral.