O ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, admitiu na última sexta-feira (4), a agência Reuters, que a reforma da Previdência Social, será enviada ao Congresso Nacional até o fim desse ano, antes do recesso parlamentar.

Por mensagem, o ministro disse que a sustentabilidade do sistema ainda ficará longe. “Com todo esforço projetado, ainda ficaremos longe da sustentabilidade e autossuficiência do sistema. O déficit vai permanecer. Daí porque tenho dito que não estamos propondo a reforma necessária, a que garantiria a sustentabilidade, mas aquela que os assegurados possam suportar, a reforma possível”, disse.

Ainda segundo o ministro, a proposta de reforma da Previdência não irá zerar o déficit atual, mas vai ajudar que suba apenas moderadamente até 2025.

“Ainda assim, com mudanças que afetarão profundamente o atual sistema, a Previdência não será sustentável e terá que ser novamente mudada em dez anos”, afirmou.

Inicialmente, a proposta de reforma da Previdência, estava marcada para ser entregue antes das eleições municiais (2 de outubro), no entanto diante da pressão da base aliada e de centrais sindicais, o envio da proposta foi adiado.

Entre os temas que estão sendo discutidos está as regras de transição, idade mínima para a aposentadoria, pedágio (ou seja, um tempo que completaria a idade que falta para se aposentar), contribuição mínima individual do trabalhador rural e outros pontos.