O que os presidenciáveis falam sobre a reforma da Previdência

Byanca Guariz

Pensar em mudanças estruturais é um assunto urgente. A reforma da Previdência que vem sendo discutida desde o governo Dilma é apontada como a principal medida para colocar as contas públicas em dia e garantir a sustentabilidade do sistema.

As eleições se aproximam e os candidatos à presidência da República precisarão apresentar suas propostas para a Previdência Social (maior distribuidora de renda do país).

No entanto, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 287) está longe de ser consenso entre os candidatos. De um lado, posicionamentos favoráveis a reforma da Previdência. Do outro, contrários.

Conheça as propostas:
Luiz Inácio (Lula – PT)
Contrário a medida. O ex-presidente do Brasil é um dos candidatos que combatem a reforma. Na avaliação de Lula, a proposta é “um crime contra o povo mais pobre”.

Ciro Gomes (PDT)
Crítico a proposição. Em vídeo publicado em suas redes sociais, Ciro Gomes afirma que o país é vítima de um golpe, e por esse motivo, não se pode mexer na Previdência Social Brasileira.
Ele destacou ainda que mudanças são fundamentais, mas desde que aconteçam em diálogo com os trabalhadores.

Jair Bolsonaro (FUTURO-PSL)
O deputado federal afirmou que votaria contra a reforma da Previdência de Temer, mas a proposta apresentada pelo economista Paulo Guedes, o atual fiador de Bolsonaro na economia, está entre as mais duras.
Entre os nove pontos apresentados por Guedes como bases de seu plano, está a “realização/ampliação da reforma do atual sistema previdenciário e criação de sistema de capitalização, com contas individuais, para novos participantes”.

Marina Silva (REDE)
Defende a proposta, inclusive publicamente. No entanto, um modelo ideal ainda não foi definido. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Marina destacou ser defensora da medida. “Sou a favor [da reforma da Previdência], mas desde que não venha a prejudicar os mais frágeis. Que se combata os privilégios e que se faça uma atualização para encontrar um caminho para o problema grave do déficit da Previdência. Mas Temer não tem credibilidade, popularidade ou legitimidade. Ele não está mandatado para fazer, porque nem ele, nem Dilma, colocaram isso em seu programa de governo”, disse.

Geraldo Alckmin (PSDB)
Também favorável a PEC. Alkmin defende que a proposta volte a ser debatida pelo governo Temer, e que haja aprovação ainda neste ano. O governador de São Paulo defende a redução dos privilégios com um regime amplo de Previdência.

Álvaro Dias (Podemos)
‘Reforma Modernizadora’, esse é o modelo perfeito para o candidato Álvaro Dias. Ele defende, a preservação dos direitos adquiridos e por respeito a complexidade regional e social do país.
Em seu modelo de reforma devem ser consideradas: características de diversas atividades laborais e regionais.

João Amoêdo (Novo)
Aprovação da medida com urgência, a fim de reduzir os privilégios. Ele sugere um sistema de capitalização, que possibilite liberdade aos trabalhadores que recebem mais para buscar opções de aposentadoria com rentabilidade mais alta.

Previdência Social