Número de afastamentos por doenças respiratórias salta 165% em 2020

A Covid-19 trouxe uma explosão no número de trabalhadores que adoeceram e foram afastados de suas atividades.

Segundo número enviados a VEJA pela Secretaria de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, em 2020, foram 39.532 auxílios-doença concedidos pelo INSS, com a causa identificada como Covid-19. Além do alarmante dado, chama atenção o aumento de afastamentos por doenças respiratórias: um salto de 165% se comparados com os dados de 2019.

Auxílios já codificados como Covid, não entram na conta de comparação, já que a doença foi reconhecida pela Organização Mundial de Saúde, a OMS, apenas no ano passado. A importância de analisar os dados também do aumento das doenças respiratórias se dá porque, justamente pela pandemia, o INSS suspendeu as perícias presenciais. Assim, os atestados enviados por médicos da rede pública e particular serviram de base para a concessão dos afastamentos. Por isso, é possível que casos de Covid tenham sido classificados como outras complicações.

A doença causada pelo novo coronavírus traz problemas respiratórios, como pneumonia, que agravam o quadro dos pacientes. Para se ter ideia do tamanho do aumento, em 2020, foram 51.327 afastamentos por doenças respiratórias, e, em 2019, apenas 19.344. No ano anterior, 2018, o número foi ligeiramente maior do que em 2019 — 21.660 — mas sem uma diferença tão discrepante.

*Fonte: VEJA

Previdência Social