Em meio aos debates sobre a regulamentação do trabalho de entregadores por aplicativo, sejam eles motoboys ou ciclistas, o iFood, maior empresa do setor, sugeriu uma nova tabela progressiva de contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para a categoria, com alíquotas de 5% a 11% sobre o rendimento, a depender da faixa de ganhos.

“A gente deveria ter uma tabela progressiva de Previdência, por exemplo, nos moldes do que a gente tem na lei do empregador doméstico. Não estou falando que são as mesmas alíquotas, mas o mesmo racional”, defendeu em entrevista o vice-presidente de políticas públicas do iFood, Lucas Pitoni.

No modelo para empregados domésticos, o empregador paga 20% sobre o salário do empregado para custeio de benefícios previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Outra parte das despesas sociais é custeada pelo governo.

Na visão dele, o modelo de Previdência oferecido para os entregadores de aplicativos é inadequado: “Existe um consenso de que o modelo que o governo propôs é um modelo que não vai conseguir promover a inclusão dos trabalhadores no regime de seguridade em função das características desse setor”.