Dados recentes da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho, expõem de maneira dramática a crise pela qual o país vem passando. O desemprego configura o problema mais grave da economia brasileira. Desde 1992 a Rais não apresentava saldo negativo, com perdas de emprego no mercado formal de trabalho.
Somente em 2015, o Brasil fechou 1.501.703 postos formais de trabalho em 2015. Um recuo de 3,05% em relação a 2014.
Na comparação com 2014, quando foram criados 623 mil postos de trabalho, o nível de emprego entre os trabalhadores celetistas do setor privado e terceirizados do setor público teve recuo de 3,45% em relação ao ano anterior, com o fechamento de 1,364 milhão de postos de trabalho. Só na agricultura houve aumento do emprego, mas em volume pouco significativo (20,9 mil vagas abertas).
Houve, também, queda de 1,51% dos servidores públicos estatutários, com o corte de 135,7 mil vagas, seja porque funcionários que se aposentaram não foram substituídos, seja porque concursos para admissão foram suspensos.
As demissões em massa e as contratações por salários mais baixos, afetaram os rendimentos médios reais dos trabalhadores, que recuaram 2,56% em 2015 em relação a 2014. A remuneração média individual caiu de R$ 2.725,28 em 2014 para R$ 2.655,60 em 2015.
A Rais é divulgada uma vez por ano, é mais ampla que o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e engloba não apenas os trabalhadores do setor privado, mas trabalhadores temporários, funcionários públicos federais, estaduais e municipais.
Para consultar os dados completos acesse a página: http://pdet.mte.gov.br/