Despesas da Previdência crescem com fórmula 85/95

Benefícios chegam a ser 45% maior

Dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) revelam que as modificações propostas pelo presidente Michel Temer na PEC 287/2016 da reforma do sistema previdenciário brasileiro, atualmente interrompidas, têm menos chances de aprovação.

As novas propostas vão acabar com a regra 85/95 (soma da idade e o tempo de contribuição), e com isso aumentar o rombo nas contas. As informações são de reportagem do jornal Gazeta do Povo.  

Ainda segundo os dados apresentados, entre janeiro de 2016 e março de 2017, 52% dos brasileiros que poderiam se aposentar por idade optaram pela regra 85/95 e garantiram um benefício médio de R$ 1.197,21 – 27% maior que os R$ 945,95 de quem não recebe pela fórmula. Essa regra também corresponde a um terço dos benefícios concedidos para quem já tinha tempo de contribuição suficiente, a diferença é que nestes casos os valores são 45% superiores.

O valor médio da pensão é de R$ 2.895,16, 45% maior que os R$ 1.990,89 recebidos por quem não se enquadrou nessa regra.

Na avaliação do consultor legislativo do Senado Federal, Pedro Fernando Nery, a última “minirreforma” da previdência não só aumentou o gasto como ainda é restritiva. “Ela beneficia mais os trabalhadores que conseguem ter 30 ou 35 anos de carteira assinada, que obtêm um benefício integral sem serem tão velhos”, afirma.

 

Previdência Social