Defesa tem maior gasto com pessoal na década, e investimento militar cai

A previsão de gasto militar para o primeiro ano de governo de Jair Bolsonaro (PSL) traz o maior aumento de despesa com pessoal em dez anos e uma redução expressiva do investimento em programas de reequipamento das Forças Armadas, segundo análise da série histórica feita pelo jornal Folha S. Paulo, com a ferramenta de acompanhamento orçamentário Siga Brasil, do Senado.

Para este ano, o Ministério da Defesa planejou gastar R$ 104,2 bi, o quarto maior volume da Esplanada.

Desse valor, R$ 81,1 bi irão para pessoal, R$ 13,3 bi, para gastos correntes e R$ 9,8 bi, para investimentos. Os valores não incluem o contingenciamento de R$ 5,1 bi nos dois últimos itens, que podem ser revestidos ao longo do ano.

No caso dos gastos com pessoal, que incluem os 360 mil integrantes das Forças Armadas e aposentadorias, o aumento nominal em relação ao que o Siga Brasil registrou como pago em 2018 é o recorde da série, R$ 7,1 bi a mais. ​

Os dados anteriores a 2019 estão corrigidos pela inflação. São 2,9 pontos a mais do que o que foi executado em 2018.

O Ministério da Defesa afirma que o aumento com pessoal reflete o projeto de recuperação salarial das Forças Armadas aprovado em 2016. A última parcela dos quatro reajustes começou a valer em janeiro.

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