Anasps acompanha debate sobre a reforma na Comissão de Legislação Participativa

A requerimento do deputado Leonardo Monteiro (PT/MG), a Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados, realiza, nesta terça-feira (23), audiência pública a fim de debater a reforma da previdência.

Como não poderia ser diferente, todos os participantes, incluindo a Anasps, abominam o texto enviado pelo Executivo.

Para a presidente da Associação Brasiliense das Empregadas Domésticas Trabalhadoras do Lar, Samara Nunes, as empregadas domésticas são excluídas da sociedade e, a maioria ainda trabalha na informalidade o que dificulta o acúmulo da contribuição exigida na proposta. Segundo Samara, apenas 1,3 milhões de trabalhadores tem a formalidade e seus direitos assegurados.

O assessor da executiva nacional da CUT, Luiz Antonio Azevedo, destacou que a aposentadoria é política pública que agracia quem passou a vida trabalhando, contribuindo com a economia do país. “É imoral apoiar esta reforma vinda de um presidente que se aposentou aos 33 anos de idade”, diz.

Para o ex-ministro da Previdência Social, Ricardo Berzoini, o governo tem que entregar a conta para os mais ricos e não para os mais pobres, uma vez que o governo está tirando direito desses para pagar a capitalização.

Quando se fala em reformar a seguridade social, que tem seu tripé na saúde (direito de todos), na Previdência Social (de caráter contributivo) e na assistência social (para os que dela necessitar), pretende-se acabar com a dignidade humana.

Berzoini é a favor da modificação da Previdência, principalmente em relação ao aumento de vida, mas o governo precisa apresentar elementos concretos.

A Anasps está engajada com todas as categorias trabalhadoras para juntos derrubarmos a proposta de Bolsonaro que não tem nada de solidária, mas sim um conjunto de crueldade.

 

*Colaborou Denise Cavalcante

 

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