Adesão ao Funpresp não é vantajosa a todos

As inúmeras incertezas do funcionalismo sobre a migração para a Fundo de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp) não param de crescer. O prazo para a adesão ou migração termina neste sábado (28), porém alguns especialistas acreditam que a adesão não é vantajosa para todos os servidores.

Na avaliação do especialista Rudi Cassel, do escritório Cassel Ruzzarin Santos Rodrigues Advogados, o cálculo não é simples. Após dezenas de simulações nas ferramentas disponíveis no site do Fundo, Cassel afirmou que, para um grupo específico do funcionalismo não compensa sair do atual Regime Próprio de Previdência Social (RPPS): aqueles que entraram no serviço público após os 30 anos de idade e que, pelas regras atuais, aguardam menos de 12 anos para se aposentar.

“O servidor ou perde dinheiro ou terá que se manter na ativa por mais tempo. Precisará contribuir no Funpresp mais 35 ou 40 anos para chegar a uma aposentadoria aproximada à que teria no RPPS. Acabará levando a aposentadoria pelo Funpresp lá pelos 70 anos ou mais”, destacou Cassel. Hoje, disse, o servidor contribui por 25 a 30 anos ao RPPS, e se aposenta com 55 anos (mulheres) e 60 anos (homens). “Os técnicos do Funpresp admitem que, nessas situações, não há indicação de migração”, diz.

Com o objetivo de tentar adiar o prazo de migração por pelo menos dois anos, nesta segunda-feira (23) várias entidades entraram com ações na Justiça Federal. Entre elas estão: o Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon) e o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait).

 

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