Uma reportagem do Ministério do Trabalho destaca que, considerando a concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, no Brasil, no período de 2012 a 2016, os transtornos mentais e comportamentais foram a terceira maior causa de afastamentos do trabalho.

Segundo a Organização Nacional do Trabalho (OIT), “apesar de não consistir em doença, o estresse é o primeiro sinal de um problema; se o corpo experimenta uma tensão continua, o estresse pode causar alterações agudas e crônicas, o que pode provocar danos de longo prazo aos sistemas e órgãos, particularmente se o corpo não consegue descansar e se recuperar.

Ainda segundo a OIT na Europa, o estresse ocupa a segunda posição entre os problemas de saúde relacionados ao trabalho, afetando cerca de 40 milhões de pessoas que entre 50 e 60% de todos os dias de trabalho perdidos no continente, estariam ligados a esta condição.

Os dados constam no Boletim Quadrimestral sobre Benefícios por Incapacidade, produzido pela Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda e pelo Ministério do Trabalho, que trata do adoecimento mental no trabalho: a concessão de benefícios por incapacidade relacionados a transtornos mentais e comportamentais entre 2012 a 2016.

Entre os benefícios concedidos por incapacidade temporária para o trabalho, os auxílios-doença alcançaram 7.168.633 concessões no período de 2012 a 2016 para o segurado empregado, enquanto as aposentadorias por invalidez que retiram o trabalhador totalmente da vida laboral totalizaram 283. 423 casos.