Um estudo do especialista Rogério Nagamine, ex-subsecretário do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) no último governo, mostra que, nos últimos dez anos, a quantidade de benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) cresceu 2,2% ao ano, ao passo que o crescimento médio de segurados foi de apenas 0,7%.

O levantamento tem como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nagamine afirma que a baixa adesão no número de beneficiários se dá pelo desempenho ruim da economia no período, o que ocasionou pouca evolução no mercado de trabalho. No entanto, para ele, o crescimento da economia não implicará em uma melhora da situação, uma vez que o sistema estaria desequilibrado por conta de mudanças demográficas, como o envelhecimento populacional, e a queda na taxa de fecundidade dos brasileiros.

Ele alerta ainda para uma eventual sobrecarga do Benefício de Prestação Continuada (BPC) a médio e longo prazo, causado por pessoas que não contribuem ou deixaram de contribuir para a Previdência Social. Nagamine defende uma nova reforma da Previdência para “corrigir distorções”.