Taxa de juros do consignado acompanhará Selic, diz Carlos Lupi

Durante audiência realizada na Câmara dos Deputados na última quarta-feira (20), o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, comentou sobre a taxa de juros do empréstimo consignado para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social. A intenção é de que o teto das alíquotas acompanhe a redução da taxa básica de juros da economia, a Selic.

“Nossa pretensão é fixar essa taxa de referência para cada vez que o Banco Central reduzir a taxa, a gente acompanhar a mesma proporcionalidade. Nossa intenção é acompanhar o mesmo balizamento que o Banco Central fizer”, disse Lupi.

Ele explicou que as alterações recentes na taxa de juros do consignado foram determinadas pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS). Recentemente, o órgão reduziu a alíquota de 1,97% para 1,91%. Lupi reforçou, porém, que as instituições financeiras que trabalham com a modalidade operam com juros abaixo do teto.

O deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM), responsável por convidar Lupi para a audiência, defende que as mudanças na taxa de juros empurram os beneficiários para o que ele classificou como “créditos predatórios”.

“Nós estamos no menor índice de oferta de consignados desde 2017. Não é só a taxa Selic, a gente tem que entender toda a cadeia: o custo operacional, a captação do recurso e a distribuição, porque, se não tiver gente para ofertar lá na ponta, os mais vulneráveis, sem acesso à rede bancária, não vão ter acesso ao crédito mais barato e vão ser alvos do crédito mais caro”, disse.

Previdência Social