Segundo dados do Tribunal de Contas da União (TCU), apreciado nesta quarta-feira (14), o INSS, levaria quase três anos para zerar as filas por avaliações sociais e pericias médicas, que explodiram durante a pandemia.

De acordo com o órgão de controle, até agosto deste ano estavam represados 788 mil requerimentos de benefícios que demandam avaliação social. Quanto aos pedidos que precisam de perícia médica, o estoque era de 3,65 milhões.

O relatório também destaca o aumento no tempo médio de análise dos requerimentos para o BPC, que passou de 188 dias para 253 dias entre fevereiro e agosto. O principal gargalo está no período anterior à avaliação biopsicossocial, que analisa as limitações físicas, socioambientais, psicológicas e pessoais para o desempenho de determinada atividade. Essa etapa correspondente a 70% do tempo entre o pedido e o pagamento.

Diante disso, o tribunal decidiu recomendar ao INSS que tome medidas para encurtar os procedimentos prévios à avaliação biopsicossocial e que aumente a eficácia das medidas de antecipação do pagamento, que também estão apresentando problemas.

*Com informações, Valor Econômico