Reforma trabalhista não diminui desemprego

O Centro de Estudos Sindicais e de Economia da Unicamp (Cesit) lançou esta semana um dossiê em que avalia a proposta de reforma trabalhista em tramitação no Congresso Nacional. E de acordo com o documento, o Projeto de Lei da Câmara (PLC 38/2017), da modernização trabalhista, não apresenta pontos benéficos ao trabalhador brasileiro.

O documento destaca que a proposta responsável por revisar mais de uma centena de itens da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), é um apanhado de diversas reivindicações patronais.

A economista e pesquisadora do Cesit, Marilane Teixeira, uma das responsáveis pela sistematização do conteúdo do dossiê, indica quais os prejuízos que o trabalhador terá com a aprovação dessa proposta. Segundo Teixeira a proposta em análise, não apresenta nenhuma possibilidade de diminuir o desemprego.

Para a pesquisadora, o que a reforma vai fazer é promover uma substituição dos trabalhadores efetivos, por terceirizados, por contratos temporários, por intermitentes e parciais.  

Teixeira destacou ainda que, a proposta tem o objetivo de pulverizar a ação sindical e descentralizar os processos de negociação coletiva com a criação do representante no local de trabalho. “Retira também o papel do sindicato de acompanhante nas homologações, momento em que há justamente o maior volume de fraudes trabalhistas pelas empresas”, disse.

 

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