Previdência subsidia o mais rico

O Banco Mundial considera a reforma da Previdência como “urgente”, não só para dar sustentabilidade as contas públicas em médio e longo prazo, como também para corrigir um sistema que atualmente subsidia prioritariamente a “classe média e o rico”, do que o “pobre”.

Uma nota técnica do Banco Mundial, encaminhada ao Ministério da Fazenda para contribuir com a reforma, informa que sem mudanças o rombo do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) pode chegar a 165 do Produto Interno Bruto (PIB) em 2066.

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o diretor do Banco Mundial para o Brasil, Martin Raiser, destacou que com o envelhecimento da população e a menor taxa de ajustes de natalidade, ajustes nas regras de concessão de aposentadorias e pensões, são inevitáveis para impedir que o país chegue a situação da Grécia, que não tinha condições de pagar as aposentadorias. “Pode ter muita discussão do modelo, discussão técnica, mas o problema existe. Tem que fazer alguma coisa”, defendeu o diretor.

 

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