O ministro da Economia, Paulo Guedes, informou que o governo pretende ampliar as formas de saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e incluir o uso do saldo das contas para o pagamento de dívidas. A expectativa é de que a medida faça parte do pacote de R$ 100 bilhões para estimular a economia que deve ser anunciado depois do carnaval.

O ministro e integrantes da equipe econômica não deram detalhes de como será a nova modalidade de saque do FGTS, mas apontam que a principal finalidade do fundo, é garantir uma reserva para a sobrevivência do trabalhador quando é demitido sem justa causa.

Segundo o diretor-executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira, a possibilidade de saque do FGTS, é vista com bons olhos, porque o trabalhador vai poder pagar uma dívida cara com um recurso parado que rende muito pouco.

Enquanto isso, José Abelha, representante dos trabalhadores no Conselho Curador do FGTS, não poupou críticas à nova modalidade de saque do Fundo. Segundo Abelha, “O que o ministro está fazendo é prejudicar ainda mais o FGTS, esvaziando o fundo”.

*Disponível em Correio Braziliense