Ainda de acordo com os dados, apenas 15% são mulheres negras

Apesar dos progressos sociais e do aumento da presença feminina no mercado de trabalho, a disparidade de gênero persiste nos níveis mais altos do setor público no Brasil. Um estudo inédito do Movimento Pessoas à Frente destaca que, apesar de constituírem mais da metade da população e possuírem, em média, um nível educacional mais elevado, as mulheres continuam sub-representadas em cargos de liderança, especialmente nos patamares de maior influência e remuneração.

De acordo com os dados, apenas 42% das posições de chefia no setor público são ocupadas por mulheres, uma proporção consideravelmente inferior à sua representação na população em geral. Ao examinar os cargos de alta liderança, essa proporção cai ainda mais, com as mulheres ocupando apenas 38% dessas posições. A sub-representação torna-se ainda mais evidente em cargos de Natureza Especial (27%), DAS-6 (32%), e DAS-5 (40%).

O estudo destaca não apenas a desigualdade de gênero, mas também as disparidades étnico-raciais observadas nos cargos de liderança do setor público. Embora as mulheres negras representem 28% da população brasileira, ocupam apenas 15% dos cargos de liderança. Da mesma forma, os homens negros também estão sub-representados, ocupando apenas 22% dessas posições.