Contas públicas fecham no azul

O Tesouro conseguiu fechar as contas no azul em R$ 40,7 bi no primeiro bimestre do ano, mas 71% desse esforço fiscal foram consumidos pelo rombo da Previdência Social. Em dois meses apenas, o déficit nas contas do INSS atingiu R$ 28,9 bi, com um crescimento real de 4,5% em relação ao primeiro bimestre de 2017. Só as despesas com o pagamento dos benefícios previdenciários alcançaram R$ 87,9 bi. Um incremento de R$ 3,2 bi de gastos no período.

Em fevereiro, o governo central, que reúne as contas do Tesouro, INSS e Banco Central, voltou para o vermelho e registrou déficit de R$ 19,29 bi.

No bimestre, o saldo ainda é positivo com um superávit acumulado de R$ 11,8 bi. Foi o melhor resultado para o período desde 2013, mas esse desempenho favorável será revertido ao longo de 2018, quando o governo estima um déficit de R$ 159 bi nas suas contas. Em 12 meses, o déficit alcançou em fevereiro R$ 106,2 bi.

Ao anunciar os números, a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, alertou para o crescimento do déficit do INSS tem retirado espaço dos investimentos e das políticas sociais.

 

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