O secretário de Previdência Social, Marcelo Caetano, afirmou, ao participar de um seminário organizado pela Fundação Getúlio Vargas sobre a reforma da Previdência, que o Congresso é soberano no que diz respeito à velocidade da tramitação da reforma proposta e também sobre o que será mantido ou não no texto original elaborado pela secretaria. Caetano afirmou que o governo pretende se manter o mais fiel possível à proposta original, porém não deu detalhes sobre o que pode ser flexibilizado.

Os deputados da base governista afirmam que o cronograma que prevê a aprovação da proposta até julho não deve ser cumprido. Os parlamentares vêm criticado a comunicação do governo sobre a matéria. Caetano defende que a reforma é necessária para garantir a sustentabilidade do sistema previdenciário e lembra que o déficit da previdência deve ficar em R$ 180 bi este ano.

Os diretores da FGV que participaram do evento também argumentaram a favor da reforma. Carlos Ivan Simonsen, presidente da Fundação, argumentou que a reforma não é uma opção e que todo ajuste vai ter um custo para alguém. Para Simonsen, o que está sendo decidido é um caminho para o futuro.