A Instituição Fiscal Independente (IFI) divulgou documento que estima que na virada deste para o próximo ano haverá um saldo de restos a pagar da ordem de R$ 29 bi relativos ao auxílio emergencial. O órgão ligado ao Senado explica que estão autorizados para o pagamento desse benefício em 2020 um montante de R$ 321,8 bi, mas, dado o ritmo de execução, o volume liberado deve chegar a R$ 292,6 bi.

O documento levanta a questão sobre o tratamento dessa sobra, se poderá ser ou não inscrita em restos a pagar e ficar fora do teto de gastos no ano que vem. O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse na semana passada que uma parte dos pagamentos do auxílio deve ficar para o início de 2021.

O relatório divulgado destaca que 85% das despesas totais autorizadas para o combate à covid-19 foram executadas. Até o dia 10 de dezembro, isso representava cerca de R$ 84 bi. Segundo o diretor-executivo da IFI, Felipe Salto, esse volume deve encerrar o ano entre R$ 45 bi e R$ 55 bi, sendo a maior parte do auxílio emergencial. Outra parte importante é de gastos diretamente relacionados a despesas com saúde pública, que devem ser inscritos em restos a pagar.

*Fonte, Valor Econômico