Aposentados jovens custam o dobro que em países desenvolvidos

Um estudo do economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Rogério Nagamine Costanzi, aponta que o Brasil gasta uma fortuna com o pagamento de aposentadorias precoces.

Segundo o estudo, as aposentadorias e pensões pagas para pessoas com menos de 60 anos (ou seja, que não são idosos), custam o equivalente a 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Os gastos brasileiros foram estimados a partir de microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/IBGE) de 2015.

O desdobramento dos números revela que cerca de 1% do PIB, ou quase metade do gasto brasileiro com benefícios precoces, banca aposentadorias e pensões de pessoas com até 54 anos. Que estão, portanto, a pelo menos seis anos de serem consideradas idosas, segundo os critérios do Estatuto do Idoso.

A maior parte da “despesa precoce” está mesmo nas aposentadorias. Dos 23 milhões de aposentados que viviam no país em 2015, 4,4 milhões – quase 20% – tinham menos de 60 anos. E, destes, 1,3 milhão continuava trabalhando. A principal explicação para o fenômeno está nas modalidades de aposentadoria que não exigem idade mínima do beneficiário.

 

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