*Colaborou Denise Cavalcante

A Anasps, acompanhou na noite da última quinta-feira (21), debate realizado pelo Congresso em Foco em parceria com a Febrafite, sobre o comportamento do governo Bolsonaro em relação aos servidores públicos.

O debate foi transmitido remotamente e contou com a presença do deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), deputado Professor Israel (PV-DF), presidente da Febrafite, Rodrigo Spada, a coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lucia Fattorelli e o advogado Cláudio Renato do Canto Farág.

O Brasil está atravessando um momento extremamente difícil, tanto na economia, quanto na saúde. Situação que deixou claro a necessidade de um serviço público de qualidade. E mesmo tendo os servidores públicos na linha de frente ao combate a pandemia causada pelo coronavírus, esse vêm sofrendo grandes insultos de quem os deveriam proteger.

Dentro desse contexto, para o deputado Professor Israel, o fato do país está sendo governado como se fosse empresa traz grande impacto negativo. Estamos vivendo um momento em que temos um plano muito bem arquitetado de desmonte do serviço público, uma visão equivocada sobre o que é o Estado. O deputado também destacou sobre o desmonte das entidades de representação dos trabalhadores. “’Além das reformas propostas pelo governo. Primeiro a reforma trabalhista, em seguida a reforma da previdência e agora a reforma administrativa, que visa atacar um ponto essencial de manutenção da democracia que é a estabilidade do servidor público. Um ataque a honra dos servidores. Desconstruir um estado brasileiro pode significar a perda do modelo de avanço social”, finalizou.

Já o deputado Alessandro Molon, acredita que o governo tem demonstrado uma grande insensibilidade, seja em relação as reais necessidades da população, seja ao servidor público, dedicados a nos proteger. “O preconceito sobre os servidores públicos tem que acabar para o bem do país, porque o Estado serve as pessoas através do servidor público”, disse.

Rodrigo Spada destacou que, o Brasil está passando por um momento de grave crise fiscal e é necessário neste momento, que se possa adotar uma política fiscal monetária expansionista. “O Estado tem reservas para gastar, o Estado pode se endividar, assim como também pode emitir moeda. Não é justo que o Estado deixe sua população desabrigada neste momento de crise”, disse. Em relação ao serviço público, Spada destacou que o Estado tem em seus quadros profissionais altamente capacitados, com as melhores formações. O que se espera é que gestores públicos possam motivar esses servidores, engajá-los nas políticas públicas através de planejamento e não desmoralizar e atacar.

O momento é de união. A Anasps está ao lado dos servidores públicos para que seus direitos sejam resguardados. Não se vence essa guerra rasgando a Constituição.