Previc estende intervenção na Geapprevidência que dura três anos

J. B. Serra e Gurgel

Em agosto de 2013, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar-PREVIC, do então Ministério da Previdência, decretou intervenção na Fundação Geapprevidência, diante de acusações de desvios de recursos do pecúlio dos servidores que constituem a carteira da Fundação, com aplicações em bancos (tamboretes) que faliram.

Anteriormente, a Geapprevidência sofrera intervenção por gestão temerária e aplicação de recursos da entidade no extinto Banco de Santos.

Nos dois casos, os participantes da Geapprevidência não foram informados das irregularidades praticadas, seus valores, bem como o que aconteceu aos dirigentes da Geapprevidência, que se envolveram e praticaram os maus feitos.

Em 16 de agosto de 2013, Aubiergio Barros de Souza Filho foi nomeado interventor pelo Superintendente da Previc, José Maria Rabelo.

Em 19 de fevereiro de 2016, sem que nada fosse divulgado sobre os mais de dois anos de intervenção de Souza Filho, que recebeu altos salários como interventor, além de indenização pelas despesas de alimentação e deslocamento, o superintendente da Previc, José Roberto Ferreira, substituiu Souza Filho por João Pinheiro Hortêncio de Medeiros.

Souza Filho foi promovido a liquidante do Instituto Aerus de Seguridade Social.

Em 2 de setembro último, o superintendente da Previc, José Roberto Ferreira, destituiu João Pinheiro, sem divulgar uma linha sobre o que fez ou deixou de fazer na sua interventoria na Geapprevidência, de apenas seis meses, designando Denis Ernesto Ritter Von Kortrisch como interventor, com as altas benesses do cargo.

O vice-presidente da Anasps, Paulo César Régis de Souza, afirmou que “é preciso acabar com a indústria da intervenção, que nada divulga sobre os desacertos que encontram para que os interessados possam se posicionar. O patrimônio da Geapprevidência é superior a R$ 2 bilhões e como peculistas temos o direito de saber o que está acontecendo. Será que recuperaram os maus investimentos em bancos falidos. Será que os dirigentes que cometeram o desatino foram punidos? Temos o direito de saber”.

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