Em entrevista ao jornal Diálogo Brasil, o secretário de Previdência Social do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, informou que o governo federal não sabe se enviará a proposta de reforma da previdência ao Congresso, antes ou depois das eleições municipais, que estão marcadas para acontecer em 2 de outubro.

O secretário informou ainda que o texto da proposta da reforma, ainda está em discussão pelo próprio governo. “Propor uma reforma de Previdência é algo bastante trabalhoso, algo que tem um grau de complexidade bastante elevado e exige uma discussão mais detalhada dentro do próprio governo”, disse.

Caetano definiu a reforma como um dos maiores desafios da atual gestão. Ele enfatizou que caso não seja concretizada, será necessário fazer cortes orçamentários em outros setores para aumentar a carga tributária, apenas para que o atual nível da Previdência que envolve aposentadorias e pensões seja mantido.

O secretário destacou que os gastos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) representam 8% do Produto Interno Bruto (PIB). Isso significa que a cada R$ 100 que o país produz, R$ 8 são gastos com aposentadorias e pensões. Esse valor deve chegar a 18% em 40 anos. “Como vai sustentar isso? Não tem jeito. Ou o governo vai ter que reduzir gastos em outras áreas ou terá que tributar mais a sociedade”, finalizou.