Desafios do Terceiro Setor

Filantropia e voluntariado

 

Aconteceu hoje (20) mais uma palestra do ciclo de debates proposto pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Avançadas no Terceiro Setor (NEPATS). Desta vez, as discussões foram focadas no voluntariado e a importância para a sociedade em contar com a ajuda dos cidadãos nas ações de políticas públicas onde há falha do Estado.

“Nada se constrói sozinho e a academia não pode ficar distante da sociedade”, esclarece Eduardo Sabo Paes, coordenador do NEPATS e do Grupo de Pesquisa – Terceiro Setor e a Tributação Nacional e Internacional. Ao levar esse tema para discussão com cerca de 200 alunos, o professor Sabo direciona os estudantes a refletir como é ser colaborador ativo no processo de organização e equilíbrio da sociedade. “O Estado não age sozinho em todas as políticas públicas”, defende.

O evento teve dois painéis de debate: Os desafios na atuação do Terceiro Setor e; Filantropia e Voluntariado. Um deles teve a participação de Rosita Milesi, diretora do Instituto Migrações e Direitos Humanos, reconhecida pelo trabalho que desenvolve com os migrantes, imigrantes e refugiados no Brasil. “Precisamos promover o reconhecimento da cidadania plena de migrantes, refugiados e apátridas, atuando na defesa de seus direitos, na assistência social, jurídica, humanitária e religiosa, por sua integração na sociedade e inclusão em políticas públicas, com especial atenção às situações de maior vulnerabilidade”, defende Milesi.

De acordo com dados levantados pelo IMDH, existem 10.145 refugiados no Brasil, sendo que ainda há 85 mil solicitantes. No mundo a crise está cada vez mais grave, e seguindo o levantamento apresentado pela diretora, hoje os refugiados somam 25,4 milhões de pessoas. “Observando esses números fica mais evidente que precisamos dar a devida importância aos trabalhos realizados pelo Terceiro Setor”, argumentou Júlio Edstron, coordenador de Ensino a Distância da Faculdade Anasps.

Durante toda a manhã foram colocadas em evidência indagações sobre a atuação ativa do voluntariado, gastos, investimentos, falhas na legislação. “Aqui trazemos ao estudante uma visão mais ampla sobre o tema, como as dificuldades enfrentadas pelo Terceiro Setor, os desafios de um organismo para ter uma atuação, provocando mudanças na sociedade”, disse Fabrício Jonathas, coordenador do evento.

“A questão da imigração faz parte dos nossos genes, nós brasileiros somos todos imigrantes descendentes. Nós somos um país que acolheu os nossos descendentes e agora nós temos mais que obrigação de ajudar aqueles que vêm buscar um amparo aqui conosco”, defendeu o professor Sabo. “Precisamos despertar nos alunos o interesse em ajudar”, concluiu.

 

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