O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles disse ontem (11) quando participava de uma conferência com investidores estrangeiros, que não acredita que o texto de reforma da Previdência a ser aprovado pela Congresso Nacional sofra muitas mudanças. O governo tenta manter as alterações já feitas pela Comissão Especial da Câmara, a qual, segundo a equipe econômica, preservou 75% do pacote original encaminhado pelo Palácio do Planalto.

“Há vários sinais de que a economia está reagindo”, argumentou o ministro aos investidores quando citou as recentes medidas adotadas pelo governo Temer, como a Emenda Constitucional que estipulou um teto de gastos, a reforma trabalhista, o projeto de recuperação judicial e a reforma da Previdência – onde o Planalto concentra suas forças neste momento.

Meirelles justificou a necessidade da reforma nas regras previdenciárias com dados que mostram que nos últimos 25 anos as despesas públicas têm crescido desordenadamente. Com a reforma no sistema previdenciário, o ministro defende que, se aprovada como está neste momento, em dez anos, a proposta projeta uma economia de R$ 604 bi para os cofres públicos.