Atualmente, o serviço público brasileiro apresenta uma presença maior de mulheres do que de homens. Além disso, a escolaridade média dos servidores é superior àquela observada no setor privado. A força de trabalho está predominantemente envolvida em atividades essenciais relacionadas às políticas públicas, em vez de se concentrar apenas em funções auxiliares ou de suporte. Essas informações foram compartilhadas por José Celso Cardoso, secretário de Gestão de Pessoas do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

Em entrevista com a Agência Brasil, José Celso Cardoso afirma que servidores públicos federais fazem parte de um grupo heterogêneo e desigual, proveniente da construção da estrutura administrativa que passou a prestar mais serviços.

De acordo com o Secretário, “Uma fotografia dessa estrutura ocupacional em 2024, comparada com 20 ou 40 anos atrás, mostra que, hoje, o setor público federal atua em muito mais áreas do que antes, mas esse movimento não foi acompanhado por processos de racionalização de carreiras nem de padronização das formas de atuação”.

Ainda durante a entrevista, o secretário pontuou quais as habilidades que os novos profissionais do setor público tenham. “Dentre as características consideradas indispensáveis aos servidores e servidoras públicas do futuro, estão aquelas relacionadas à resolução de situações com base em evidências, isto é, capacidade de desenvolver políticas, serviços e produtos de forma incremental e experimental, além de garantir decisões orientadas e apoiadas em dados e informações críveis; foco nos resultados para a cidadania ou capacidade de compreender e direcionar os serviços que realiza na condição de agente público para a solução das necessidades e ativação da cidadania; mentalidade digital ou capacidade de buscar e experimentar novas ideias e formas de trabalhar”, diz.

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