Licença-paternidade compensa custos no setor privado

Deputados e especialistas debateram ontem, os custos e benefícios da mudança da aplicação da licença-paternidade de 5 para 20 dias, para os trabalhadores de empresas que participam do Programa Empresa-Cidadã.

Durante o encontro a Pesquisadora da Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (USP), Paula Pereda, apresentou um levantamento dos custos da ampliação da licença-paternidade no setor privado. Os dados do estudo mostram que em 2016 o custo total do programa seria de R$ 98,7 mi. “É um custo muito baixo perto do benefício total alcançado, principalmente ganhos importantes dentro da instituição familiar”, avaliou Pereda.

Entre os benefícios da licença-paternidade ampliada, a pesquisadora citou o aumento da permanência do pai com o bebê; suporte dado a mãe que fica livre a outras atividades; além da redução das diferenças de remuneração entre homens e mulheres, por conta de uma divisão mais igualitária das tarefas familiares.

Em 2013, cerca de 79 países já adotavam o instrumento da licença-paternidade com duração variando entre 1 e 90 dias. No entanto, o levantamento da USP revelou que no Brasil apenas 7,6% dos homens que foram pais nos últimos cinco anos e que trabalharam em empresas cidadãs ganharam o benefício estendido.

 

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