Jornada Internacional na Faculdade Anasps é sucesso. Segunda palestra debateu trabalho inteligente e trabalho remoto

Na tarde desta quinta-feira (8), a Faculdade Anasps promoveu, em seu auditório, localizado no Setor Comercial Sul, Qd. 03, Bl. “A”, Edifício Anasps, em Brasília (DF), a Jornada Internacional, um evento que reuniu especialistas para discutir questões contemporâneas sobre o futuro do trabalho. Entre os temas debatidos, destacaram-se: O trabalho inteligente e trabalho remoto (aspectos teóricos e experiências); e o super mito do sistema de bem-estar. A jornada proporcionou uma rica troca de experiências e conhecimentos, reforçando a importância de adaptar práticas laborais às novas exigências da sociedade moderna.

Participaram dessa troca de ideias e fizeram parte da abertura do evento, o presidente da Anasps e Diretor Geral da Faculdade Anasps, Alexandre Barreto Lisboa; o vice-presidente da Anasps e Procurador Institucional da FA, Paulo César Régis de Souza; a vice-presidente de Administração Financeira; Elienai Ramos Coelho; Marcelo Bórsio, pós-doutor em Direito da Seguridade Social; e a Diretora de Gestão de Pessoas substituta do Ministério do Trabalho e Emprego, Luciene Vieira.

Durante a palestra do professor Massimiliano Ruzzeddu, pós-doutor e pesquisador titular em sociologia na Universidade Niccolò Cusano de Roma, foram discutidos aspectos significativos relacionados ao conceito de trabalho inteligente e trabalho remoto. Vale ressaltar que toda a palestra do professor Massimiliano, foi disponibilizada com tradução simultânea em português.

O professor Ruzzeddu destacou o projeto TALENTOS, iniciado em sua universidade, como um exemplo prático dessa abordagem. O projeto envolveu a interação entre empreendedores e estudantes, com a troca de tarefas e desafios, o que não só promoveu a inovação, mas também abordou questões relevantes como a desigualdade de gênero.

Além disso, o professor compartilhou sua experiência com a administração da cidade de Roma, onde entrevistou políticos envolvidos na administração local. Apesar das opiniões divergentes, observou-se uma forte intenção de implementar o trabalho inteligente dentro do contexto de uma cidade inteligente.

O projeto, desenvolvido ao longo de três anos, envolveu um período de dois anos para a criação da comissão, definição de participantes e avaliação dos resultados.

“Tentamos criar uma cidade inteligente com avanços tecnológicos para a melhoria das pessoas. As cidades inteligentes são cidades inovadoras, para melhorar a qualidade de vida dos habitantes, trazendo benefícios e uma vida sustentável”, disse.

Outro ponto que ganhou destaque foi o trabalho remoto. Após a sua palestra, um espaço foi aberto ao público para perguntas.

Quando Marcelo Bórsio, pós-doutor em Direito da Seguridade Socia e ex-presidente do Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS), perguntou ao professor sobre como a sociologia pode identificar e resolver o paradoxo entre smartworking e direitos sociais limitados, o professor respondeu: “A questão do direito ao tempo livre e descanso era particularmente crítica para advogados, que frequentemente recebiam mensagens de clientes a qualquer hora do dia. Outro problema significativo é que, embora o trabalho remoto possa economizar combustível, ele pode levar a aumentos nos custos de eletricidade e outros gastos domésticos, algo que a legislação atual não considerou”.

E complementou dizendo: “Além disso, a questão de gênero também é relevante, pois muitas mulheres são forçadas a trabalhar de casa para cuidar dos filhos e da casa, o que reforça a desigualdade. A sociologia, ao investigar essas questões, deve considerar as perspectivas e experiências dos envolvidos.”

Ailton Nunes de Matos Junior, Coordenador-Geral de Planejamento, Gestão e Controle do Ministério dos Transportes, também trouxe uma pergunta ao professor. Ele mencionou que as relações de confiança em uma sociedade geralmente se estabelecem através de interações face a face, e com a pandemia tivemos que nos afastar fisicamente. Com o avanço das cidades inteligentes e o aumento do trabalho remoto, ele questionou: como o professor vê a manutenção dessas relações de confiança considerando o afastamento entre organizações e cidadãos?

Ruzzeddu respondeu: “No trabalho remoto a confiança ainda é mais importante do que as relações face a face. Eu faço algumas coisas remotas com os meus alunos. Enquanto observando com os alunos, até fizemos algumas piadas, precisamos dessa confiança recíproca de que eles não vão compartilhar essa confiança com outras pessoas. O que pode estar faltando é a questão da socialização, ter contato, para realmente expandir nossos horizontes. E eu acho que é isso que está faltando”, complementa.

A Jornada Internacional proporcionou um espaço valioso para reflexões sobre o futuro do trabalho em um mundo cada vez mais conectado e digital. Se você deseja rever todo o conteúdo, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=H8UdPRrwiLo&t=312s.

Não deixe de acompanhar nossas notícias e mídias. Vale ressaltar que no próximo dia 29 de agosto, teremos o segundo dia da Jornada com o professor Gabriel Real Ferrer. Não perca!

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