Trabalhadores são resgatados em condições degradantes de trabalho

Nos últimos dias 6 e 7 de junho, uma ação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) do Ministério da Economia encontrou, 12 trabalhadores submetidos a condições degradantes de trabalho na extração do minério caulim, nos municípios de Junco do Seridó, na Paraíba, e Equador, no Rio Grande do Norte. Os flagrantes ocorreram quando o grupo inspecionava o trabalho em minas locais, cujas banquetas são abertas e exploradas por empresas de beneficiamentos do produto.

Banqueta é o nome que se dá ao buraco cavado para a extração do caulim, minério utilizado nas indústrias de tintas, alpargatas e cerâmicas. Durante a ação, foram encontrados três grupos de trabalhadores. Dois deles em Junco do Seridó, numa localidade denominada Sítio do Galo Branco, onde a fiscalização se deparou com turmas de quatro trabalhadores cada.

Os trabalhadores extraíam o minério de forma manual, com auxílio de ferramentas e de precário sistema de içamento, composto por carretel, corda e manivela, montado sobre cavalete improvisado. As banquetas mediam aproximadamente 1m², com profundidades que chegavam a 14 metros.

O terceiro grupo foi localizado em Equador, na localidade denominada Sítio Tanquinho. Quatro trabalhadores estavam em situação similar à de Junco do Seridó, extraindo o caulim de forma manual em profundidades de até 20 metros.

Segundo a coordenadora da operação, auditora fiscal do Trabalho Gislene Stacholski, os equipamentos estavam montados de forma precária, expondo os trabalhadores a risco iminente de quedas e de soterramento. As banquetas eram escavadas e exploradas sem qualquer precaução do ponto de vista técnico, sem equipamentos de proteção que garantissem a mínima segurança, em locais com pouco oxigênio.

Os trabalhadores recebiam cerca de R$ 550,00 a R$ 750,00 por mês. As jornadas diárias duravam cerca de 6 horas. Foi constatado também que não havia instalações sanitárias nem água potável.

 

*Com informações, Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia

 

Previdência Social