Byanca Guariz

Nesta quinta-feira, a frente do prédio do Ministério do Desenvolvimento Agrário foi ocupada por manifestantes ligados à Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). A reivindicação aconteceu em Brasília e teve início por volta das 5h da manhã.

O grupo protestava contra a Reforma da Previdência Social, cobrava uma definição do governo sobre a política habitacional no campo e a reforma agrária, além de pedir ainda o retorno dos ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da Previdência – extintos pelo governo do presidente interino, Michel Temer.

Os manifestantes transportavam cartazes, faixas e bandeiras com palavras de ordem, em defesa da Educação, pela volta dos Ministérios e contra a reforma previdenciária.

De acordo com o presidente da Contag, Alberto Ercílio Broque, hoje, em todo o país, foi dado início as manifestações organizadas pela confederação. O presidente destacou ainda que a categoria está lutando pela democracia e por direitos. “Queremos em primeiro lugar que devolvam para a agricultura familiar, o Ministério do Desenvolvimento Agrário; somos contra a reforma da Previdência que é um patrimônio do povo brasileiro, e queremos que se reestabeleça as políticas de habitação rural que já foram conquistadas”, afirmou Alberto.

Integrante do grupo de manifestantes, Valdemir Francisco Costa, se mostrou indignado com a atual situação. Ele veio do município mineiro de Araguari para demonstrar a sua oposição à reforma. “Os nossos direitos já conquistados, eles querem tirar. Eles estão trabalhando apenas para o interesse deles. O deles aumenta e o nosso?”, questionou.

Segundo informações de representantes da confederação, mais de 100 mil trabalhadores foram às ruas no dia de hoje. Atos simultâneos estão sendo realizados nos Estados, como ocupação das agências e gerências executivas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e em Superintendências do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).