Uma ação realizada na zona rural do município de Medicilândia, no interior do Pará, resgatou sete trabalhadores que trabalhavam em uma fazenda de gado. Os trabalhadores estavam sendo submetidos a condições degradantes de trabalho: aplicavam agrotóxico sem nenhuma proteção, trabalhavam na mais absoluta informalidade e a maioria nem tinha porte de documentos obrigatórios.
Nos acampamentos improvisados não existiam instalações sanitárias, e a água consumida era retirada de igarapés ou poços artesianos, sem nenhum tratamento. Também não tinha área adequada para conservação de alimentos. As bombas e embalagens dos agrotóxicos ficavam armazenadas nos mesmos locais disponibilizados para alojamentos, o que acarretava a contínua exposição dos trabalhadores a produtos extremamente perigosos para a saúde, inclusive pela contaminação da água que consumiam.
Todos os trabalhadores receberam os pagamentos das verbas rescisórias devidas e terão direito a três parcelas do seguro-desemprego. Os empregadores também firmaram Termo de Ajuste de Conduta com o Ministério Público do Trabalho e a Defensoria Pública da União e arcarão pelos danos morais, individuais e coletivos, cometidos contra os trabalhadores.