Servidores da área de TI protestam por reestruturação de carreira e reajuste salarial

Servidores da área de Tecnologia da Informação (TI) do governo federal realizaram, recentemente, um protesto em frente ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), em Brasília.

O foco da manifestação foi a reivindicação por melhorias estruturais na carreira, incluindo reajuste salarial e reabertura de mesa de negociação com o governo.

A Associação Nacional dos Analistas em Tecnologia da Informação (Anati) afirma que as vagas da área são pouco atrativas em comparação com o mercado de trabalho privado e outros Poderes da administração pública: um levantamento aponta que os salários pagos aos servidores de TI são de 24% a 170% inferiores aos praticados no setor privado e em carreiras similares do Judiciário e Legislativo, onde os vencimentos podem ser até 171% maiores.

A categoria pede a provação da Emenda 316 à Medida Provisória 1.286/2024, que prevê um reajuste médio de 80% para os Analistas de Tecnologia da Informação (ATI), com aumento do salário inicial de R$ 11.100 para R$ 19.900 e do teto da carreira de R$ 19.800 para R$ 32.600.

Dados do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) também refletem a baixa atratividade da carreira: a vaga de ATI foi a oitava de menor concorrência entre as 175 oportunidades temáticas oferecidas, e o terceiro cargo menos disputado do certame. Das 300 vagas ofertadas, apenas 209 candidatos concluíram o curso de formação, enquanto 215 desistiram ao longo do processo.

Em resposta, o MGI informou, por meio de nota, que um acordo de reestruturação da carreira foi assinado em novembro de 2023, após seis anos sem avanços na negociação.

O acordo prevê reajuste escalonado em três parcelas anuais, com o subsídio de entrada chegando a R$ 11.100 em 2024 e o teto da carreira alcançando R$ 21.600 em 2026 – o que representa um aumento de 61% em relação aos valores praticados em 2022.

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