Sem pacto solidário da Previdência, pobreza na terceira idade deve aumentar, diz estudo

O estudo “Pequeno Atlas da Tragédia Previdenciária Brasileira” elaborado pelos pesquisadores Tadeu Alencar Arraias e Juheina Lacerda Viana, da Universidade Federal de Goiás (UFG), revelou uma análise profunda sobre a cobertura social do atual modelo de previdência brasileiro.

Baseado em dados do Governo, sobre as despesas e receitas da Previdência Social em dezembro de 2018, a pesquisa atesta a influência do modelo de repartição solidária na redução da desigualdade no Brasil.

Ao destacar o perfil de renda dos beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o estudo desmente o argumento da equipe econômica de que a reforma combate privilégios.

Segundo o Atlas, o atual modelo é fundamental para a redução da pobreza e da vulnerabilidade social na terceira idade. “Difícil pensar que tais recursos são utilizados para acumulação de capital, tornando os aposentados do INSS uma classe privilegiada, especialmente quando constatamos que 43% do total de aposentados urbanos recebem até dois salários mínimos e outros 41% dos aposentados urbanos recebem entre dois e quatro salários mínimos”, explica trecho do estudo.

A pesquisa conclui que mudanças nas regras de proteção social, como a redução dos valores ou limites de acesso aos benefícios podem gerar um aumento significativo da pobreza na terceira idade.

 

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