Segundo Unicef, menores de 18 anos têm direitos descumpridos

Relatório mostra que houve redução na taxa de mortalidade, diminuição do analfabetismo e inclusão social

 

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançou nesta terça-feira (12), em Brasília, relatório que traz dados históricos sobre a redução da mortalidade infantil, diminuição do analfabetismo e inclusão social de vulneráveis. O lançamento também marca a celebração dos 30 anos da Unicef. 

Mesmo com todos os avanços, 4 entre 10 crianças e adolescentes sofrem com a privação de seus direitos fundamentais – acesso à educação, informação, água, saneamento, moradia e proteção contra o trabalho infantil. 

De acordo com o documento, crianças de até 5 anos, 40% são desassistidas em pelo menos uma de suas garantias fundamentais; o percentual sobe para 45% no grupo de entre 6 e 10 anos; 58% na faixa de 11 a 13 anos e para 60% entre adolescentes de 14 a 17 anos. 

Pelo menos 14 milhões de menores estão a mercê das políticas públicas, sendo privados de seis direitos analisados pelo estudo. No Brasil, cerca de 2 milhões de jovens não possuem acesso à educação e são vítimas de violência. Entre os alvos mais vulneráveis estão os pobres, negros, indígenas e quilombos. 

Nos dados apresentados 40,8% dos estudantes têm dois ou mais anos de atraso. As razões para o fracasso escolar se dá pela falta de conexão entre o que é ensinado e a realidade dos alunos. Incluindo a discriminação com negros, LGBT, pardos, gravidez na adolescência e a necessidade de trabalhar.

 

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