Secretário confirma que governo estuda fim da estabilidade para servidores

Em entrevista à GloboNews, o secretário de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Paulo Uebel, afirmou que um dos pontos da reestruturação administrativa será o fim da estabilidade de parte dos servidores públicos.

“A estabilidade se justifica para as atividades de Estado que cumprem um papel importante de polícia, de fiscalização. Mas tem muitas atividades que não precisam ter estabilidade. Então, onde você tem necessidade de estabilidade, nós devemos manter. Mas aquelas outras atividades de apoio, que não precisam de estabilidade, nós temos que mudar”, disse.

Segundo o secretário, em algumas áreas, que são mais de apoio, a estabilidade não se justifica, pois não há risco de descontinuidade ou perseguição. “Então você tem que colocar ali contratos mais inteligentes, mais modernos e mais focados no cidadão”, afirmou.

Dados do Ministério da Economia mostram que o Executiva Federal e as estatais dependentes do Tesouro Nacional registravam, em 2018, 711 mil funcionários ativos, um crescimento de 34% em 15 anos. Desse total, um terço já estava no topo da carreira.

 “Você tem servidores que chegam muito rapidamente ao topo. Em alguns casos, nove, dez anos. Depois, o servidor fica um pouco desmotivado porque já está no topo”, destacou Uebel.

Uebel afirma que é necessário alongar as carreiras e atrelar as promoções a resultados: “As pessoas precisam ter compromisso com o resultado, e não com o processo. Hoje, as carreiras do poder público são muito focadas no processo e não no resultado para a sociedade”.

 

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