Reforma da Previdência deve ficar para o próximo governo

O debate sobre a Reforma da Previdência Social Brasileira pode ficar para o próximo governo. O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Ernesto Lozardo, defendeu em entrevista ao jornal Valor Econômico, que o próximo governo faça uma reforma básica da Previdência, deixando para depois ideias mais ousadas como um sistema de capitalização, para garantir rapidamente que a questão fiscal seja equacionada e para que a economia retome o crescimento mais alto.

“É preciso uma reforma da Previdência para manter a estabilidade do teto de gastos. A reforma não precisa ser feita em sua totalidade, mas é necessário que o essencial seja feito”, disse, referindo-se a aspectos como a idade mínima (de 65 anos para homens e 62 para mulheres) e 40 anos de contribuição para se aposentar com o valor do teto do INSS.

Na visão dele, uma reforma que introduza o sistema de capitalização complementar pode ser um caminho, mas tem um custo muito alto e pode acabar gerando risco de não aprovação de uma reforma mais enxuta e viável, que já daria sustentabilidade fiscal ao país.

 

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