Quatro dos principais candidatos à Presidência defendem capitalização

A proposta de criar um sistema alternativo de aposentadoria ganhou espaço nos planos dos presidenciáveis. Dos seis candidatos mais bem colocados nas pesquisas, quatro deles defendem adotar o regime de capitalização, no qual o valor do benefício depende da contribuição de cada um para assegurar a sustentabilidade da Previdência. Porém, especialistas alertam os riscos desse modelo, como o elevado custo de transição e a possibilidade de a aposentadoria ficar aquém do esperado por falta de recursos.

Os que defendem a capitalização são Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT) e Álvaro Dias (Podemos). Tradicionais rivais em eleições, PT, que ainda não oficializou Fernando Haddad, e PSDB, de Geraldo Alckmin, criticam a adoção do regime. Todos concordam, no entanto, que o atual sistema de Previdência agrava a situação fiscal do país e que deve passar por uma reforma.

Atualmente o sistema previdenciário brasileiro funciona sob o regime de repartição, em que os mais jovens contribuem para a aposentadoria das gerações futuras e no qual há um teto para o benefício. As contas se desequilibram porque o número de pessoas que o recebem aumenta em ritmo superior ao dos que contribuem. No sistema de capitalização não há essa relação de dependência, pois cada um é responsável por acumular sua própria reserva.

 

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