Procurador do MPT afirma que reforma trabalhista não gera empregos

Renan Bernardi Kalil, procurador do Ministério Público do Trabalho, afirmou nesta terça-feira (21), em audiência da Comissão Especial que tratar da reforma que altera as leis trabalhistas não significa que mais empregos serão criados. Para Kalil, mudar o direito do trabalho não gera emprego no caso concreto.

O procurador destacou as reformas trabalhistas ocorridas em outros países e o cenário de crise de cada um. Kalil detalhou o processo realizado, em 2009, em Portugal, onde uma das medidas propostas tinha como objetivo reduzir a rigidez do direito do trabalhador e gerar emprego.

Kalil afirmou que o efeito prático dos acordos coletivos que se sobrepõe ao que diz a lei é inexistente para a geração de empregos. Usando o exemplo de Portugal, o procurador destacou que a taxa de desemprego de 2008 no país estava em 8,5%, antes da reforma, e no ano seguinte subiu para12%. Ainda segundo Kalil, a reforma trabalhista não causou necessariamente o aumento do desemprego, mas houve uma série de variáveis para isso.

 

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