Presidente e vice-presidente executivo da Anasps declaram apoio a greve de servidores em edição do Conexão Anasps

A última edição do programa “Conexão Anasps”, transmitido nesta terça-feira (23) no canal da Anasps no YouTube, trouxe à tona dois temas importantíssimos para os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS): a greve da categoria, deflagrada no último dia 10 de julho, e a decisão da autarquia de pôr fim ao teletrabalho a partir de agosto.

O presidente Anasps, Alexandre Barreto Lisboa, e o vice-presidente Executivo da entidade, Paulo César Régis de Souza, comentaram sobre os temas. Eles afirmaram que a Anasps apoia incondicionalmente o movimento paredista.

“A Anasps apoia totalmente essa reivindicação dos servidores. É um movimento espontâneo, os servidores estão aderindo a uma greve. Há muito tempo a gente não vê a revolta do servidor, com as suas condições, a pouca valorização, com o Estado não dando retorno a ele de valorizar a sua carreira e o seu salário”, disse Alexandre.

A Anasps, que inicialmente fazia parte da mesa de negociação junto ao governo federal, foi posteriormente removida. Alexandre afirmou que a associação vai ingressar na Justiça para garantir que os direitos dos seus mais de 50 mil associados sejam devidamente representados.

“Alguém, ao se associar, está dando um instrumento de representatividade à associação. A associação é tão legítima quanto os sindicatos para reivindicar o direito dos servidores”, completou o presidente da Anasps.

Fim do teletrabalho

Por meio de ofício, o INSS determinou o fim do teletrabalho para os servidores da autarquia a partir de agosto. A desmobilização vai contemplar todos os servidores de forma nominal, com apresentação de justificativa no caso de permanência excepcional de servidor no formato remoto.

“A greve não é somente reivindicação salarial. A greve é por melhores condições de trabalho, é por um retorno seguro, até porque a Covid ainda não acabou. Não há estrutura dentro da Previdência para atendimento. Pessoas com deficiência não têm estrutura para serem atendidos dentro das nossas agências, que estão totalmente sucateadas. Temos que deixar claro que a greve dos servidores da Previdência não é só sobre salário, é de melhoria na qualidade das nossas instalações, também”, lembrou o vice-presidente Executivo da Anasps, Paulo César Régis de Souza.

Alexandre corroborou o posicionamento a favor do teletrabalho para servidores da autarquia, que facilitou o trabalho e contribuiu significativamente para a redução da fila do INSS.

“Se deu certo o teletrabalho, se foi pactuado ao servidor que ele poderia trabalhar em casa, com todo o seu sacrifício, se o retorno (do servidor) superou a necessidade, não há por que mudar. Hoje, o servidor está trabalhando tanto que se criou um bônus para ele trabalhar mais”, completou.

Carreira típica de Estado

Entre algumas das reivindicações dos servidores do INSS, está a categorização da carreira do Seguro Social como típica de Estado. Em reuniões da mesa de negociações específica da categoria, representantes do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) se posicionaram contra essa possibilidade.

“A carreira típica de Estado não é só boa para o servidor, é a valorização e o reconhecimento do trabalho que o servidor da Previdência faz. Mas é também é bom para a população e para a garantia de um Estado correto. O programa de renda brasileiro que a Previdência faz é o maior programa de redistribuição de renda do mundo”.

Para ver ou rever o Conexão Anasps de julho na íntegra, clique aqui.

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