População que não trabalha e nem procura emprego chega a 10,7%

Percentual é referente aos 166,3 milhões de pessoas em idade de trabalhar.
Dados integram novo conjunto de indicadores da Pnad, do IBGE.
*Do G1
No segundo trimestre deste ano, a força de trabalho existente no país, formada por ocupados e desocupados, somava 102,4 milhões de pessoas. Desse total, 90,8 milhões estavam empregadas e 11,6 milhões, desempregadas.
Já a população fora da força de trabalho, ou seja, que não estava trabalhando nem procurando emprego, chegava a 63,9 milhões de pessoas no segundo trimestre: sendo 57,7 milhões fora da força de trabalho potencial, mais 6,2 milhões que integravam a força de trabalho potencial (pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho, ou que procuraram mas não estavam disponíveis para trabalhar).
O IBGE explica que, ao somar os 11,6 milhões de desocupados mais os 6,2 milhões da força de trabalho potencial, o total chega a 17,8 milhões, o que representava 10,7% do contingente total de 166,3 milhões de pessoas em idade de trabalhar. Esse é o maior percentual da série, que teve início em 2012.
Os dados fazem parte de um novo conjunto de indicadores sobre estatísticas de trabalho resultantes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). A mudança tem como objetivo seguir recomendações internacionais da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
No segundo trimestre, a taxa da força de trabalho potencial atingiu 16,4%.
Insuficiência de horas
De acordo com o IBGE, dentro dos 90,8 milhões de pessoas ocupadas, há um grupo considerado “subocupados por insuficiência de horas trabalhadas” – são pessoas que estão ocupadas, mas têm uma jornada menor do que 40 horas semanais. Essa fatia chegou a 4,8 milhões de pessoas no segundo trimestre.
Dessa forma, a soma de desocupados com subocupados por insuficiência de horas totalizava 16,4 milhões de pessoas, ou 9,9% do contingente total de pessoas em idade de trabalhar. No segundo trimestre deste ano, a taxa combinada da subocupação por insuficiência de horas e da desocupação chegou a 16%.
Trabalhadores subutilizados
No segundo trimestre, do total de pessoas em idade de trabalhar, 13,6% ou 22,7 milhões, faziam parte os desocupadas, os subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e os que integram a força de trabalho potencial (que não estão procurando emprego).
Assim, a taxa resultante da subutilização da força de trabalho (que agrega a taxa de desocupação, taxa de desocupação por insuficiência de horas e da força de trabalho potencial) chegou a 20,9%.
No 2º trimestre de 2016, jornada média semanal de horas trabalhadas ficou em 39,1 horas, o que aponta redução de uma hora na jornada média de trabalho das pessoas ocupadas, quando confrontamos com o 2º trimestre de 2012 (40,1 horas). A distribuição da população ocupada, nos grupos de horas habitualmente trabalhadas em todos os trabalhos, mostrou que 52,5% trabalhavam entre 40 e 44 horas no(s) trabalho(s) que tinha(m) na semana de referência. Para a jornada efetiva, o percentual de trabalhadores neste grupo de horas foi de 49,1%.
Desemprego no 2º trimestre
De acordo com a pesquisa do IBGE referente ao segundo trimestre deste ano, o desemprego subiu para 11,3%. A taxa foi a maior já registrada pela série histórica da Pnad Contínua, que teve início em janeiro de 2012.
No trimestre encerrado em março, o índice de desemprego foi de 10,9% e no período de abril a junho de 2015, de 8,3%. No trimestre de março a maio, a taxa bateu 11,2%.
A população desocupada cresceu 4,5% em relação ao primeiro trimestre e chegou a 11,6 milhões de pessoas. Já na comparação com o 2º trimestre de 2015, o aumento foi de 38,7%.
Por outro lado, a população ocupada somou 90,8 milhões de pessoas e mostrou estabilidade em relação ao 1º trimestre e queda de 1,5% sobre o período de abril a junho de 2015.

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