Percentual se refere a perda do poder de compra dos segurados

Cálculo divulgado pela Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas e Idosos (Cobap) afirma que a defasagem dos benefícios mais altos oferecidos pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) em relação ao aumento do piso nacional será de 87,28%, após o reajuste de 3,43%.

O percentual de 87,28% refere-se à perda do poder de compra dos segurados que recebem mais que o piso, no período desde o início do Plano Real (1994 a 2019). Esse percentual de perda acentua-se com o decorrer do tempo, já que os que ganham mais que o mínimo recebe reajustes menores.

Fórmulas de Cálculo diferentes

Para calcular os reajustes dos benefícios dos aposentados que recebem acima do piso nacional, o governo considera a necessidade de reposição da inflação.

Para o salário mínimo e os segurados que ganham apenas o piso, a regra é outra. É considerada a alta do custo de vida no ano anterior mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.

Em 2019, porém, o cálculo foi feito de forma diferente. O anúncio do reajuste do piso nacional saiu antes de o INPC de 2018 ser divulgado. Foi aplicada apenas uma projeção de inflação mais o crescimento do PIB em 2017. O percentual de aumento ficou em 4,61%.